Quarto Livro do Roberto C Garcia

A BOA COLHEITA DE PAULO!

 

A BOA COLHEITA DE PAULO

 

ROBERTO C GARCIA

 

Roberto C Garcia, nascido em São Vicente ,SP -Brasil, em 1951, começou a escrever seu primeiro livro intitulado “ Jesus quer falar de ti”, inspira-do pela vontade de relatar as experiências que a conversão faz aos que iniciam a vida cristã. Depois surgiram mais dois livros “ Um encontro marcante “ e Reconstruindo a fé” Agora querendo trazer ás paginas o fruto do sacrifício das prega-ções do Apóstolo Paulo, cria este livro baseado em versículos bíblicos.

 

GARCIA, ROBERTO C

A Boa Colheita de Paulo

São Vicente SP

Formato A-5 = 14,80 x 21

11,894 - palavras

71,171 -caracteres

1 – A Boa Colheita de Paulo – Reflexão

2 – A Boa Colheita de Paulo – Título

3 Todos os direitos reservados

 

São Vicente

2012

 

Agradecimento

 

Á toda assistência,

 

A todo apoio visível e invisível,

 

A todo incentivo

 

e

 

a toda inspiração que Ele me

 

facultou nas madrugadas para que,

 

este livro chegasse ás suas mãos.

 

Obrigado! Obrigado! Obrigado!

 

 

Sobre Paulo

 

“” Eis aqui o servo que escolhi , o meu amado, em quem minha alma se compraz, porei sobre ele meu espírito e anunciará aos gentios o juízo””

Mateus cap.12 vs18.

 

PARTE 1

 

Sumário

 

 

Dionísio o areopagita

Apresentação..................................................................09

Introdução.......................................................................10

Capitulo 1.

Atenas -A Pólis da civilização grega no sec.V. a.C.....11

A chegada de um estranho........................................... 15

Dionísio informa o Areópago..........................................23

Paulo perante a Assembleia de Atenas..........................28

Dionísio se converte a Jesus,o filho de Deus.................31

Capítulo 2

A exclusão de um arconte..............................................32

Dionísio é chamado ao tribunal......................................38

As cadeias do cárcere são abertas.................................46

Dionísio na cidade de Mileto...........................................52

Após o sofrimento o reencontro dos irmãos.

O exemplo final...............................................................54

 

Dionísio o areopagita

 

Apresentação

A vida do areopagita Dionísio, narrada neste livro tem como objetivo descrever as lutas em que, aqueles que queriam viver o evangelho pregado e vivido por Paulo de Tarso, o apóstolo, eram submetidos por todos as autoridades ansiosas pelo poder. Por temer a máxima de Cristo “ amai-vos uns aos outros “..decidiram que todo seguidor d'Ele deveria ser considerado um amotinado ao credo comum.

Nada consta na Bíblia sobre a vida deste personagem a não ser a sua conversão, logo após a saída de Paulo de Atenas. Mas baseados em narrativas da conversão de discípulos e do próprio apóstolo, remontamos a conversão deste jovem e sua luta logo em seguida para convencer seus amigos e parentes de sua nova fé.

 

Introdução

 

Dionísio, jovem areopagita , vivia na ilha Atenas e venerava os deuses de seus pais. Até a chegada do apóstolo Paulo anunciando ao Deus único. O jovem se interessa pela sua pregação e aos poucos se converte ao Deus de Paulo. Com a partida de Paulo, os sacerdotes de Atenas começam a perseguir os cristãos e Dionísio é o maior inimigo deles, pois antes era um dos que veneravam aos deuses que agora ele recrimina. Qual será o destino de Dionísio? Paulo voltará e o ajudará a livrar-se das acusações?

 

Capítulo 1

 

Atenas – A Pólis da civilização grega no seculo V a.C.

 

Atenas era a cidade-estado mais poderosa da Grécia no sec. V a.C. Era considerada como Pólis ( as cidades mais importantes do império eram nomeadas como Pólis ou cidade -estados). Seu território ocupava a Península da Atica onde a produção de cereais era escassa, mas havia muitas vinhas, figueiras e oliveiras e os campos forneciam ótima pastagens ao gado. As montanhas tinham ricas minas de prata.

Os atenienses desenvolveram as atividades de artesanato, como a cerâmica, a metalurgia e a construção naval. Por tudo isto, Atenas tornou-se num centro de comércio, o porto do Pireu atraía mercadores de todo o mundo helênico e estrangeiros.

Os atenienses exportavam os seus excedentes (vinho, azeite e cerâmica) e importavam (trigo, papiro, minérios e escravos), grande parte dessas importações eram pagas com moeda.

Era sobre esta economia marítima e mercantil que assentava a prosperidade de Atenas

Atenas foi a primeira Cidade-Estado a implantar um novo regime social e político:     a Democracia.

Democracia significa poder do povo, isto quer dizer que o governo da Pólis pertencia a todos os cidadãos, todos tinham os mesmos direitos políticos e gozavam de igualdade perante a lei. Mas este regime foi uma conquista do povo de Atenas, visto entre os séculos VIII e VII a.C., os aristocratas dominavam a Pólis, mas um, longo período de lutas sociais e de sucessivas reformas, Clistenes instituiu em 508 a.C., a democracia. A população Ateniense por volta do século V a.C., anda à volta de 460 mil pessoas, mas os cidadãos eram só cerca de 42 mil.

Cidadãos eram todos os indivíduos do século masculino, maiores de 18 anos, filhos de pai e de mãe ateniense. Só eles tinham direitos políticos: podiam votar na Assembleia e exercer funções de magistrados e juízes, assim como, só eles podiam ter propriedades na Ática, mas as mulheres eram excluídas da vida pública. A restante população era consti-tuída por metecos e escravos.    Os metecos eram estrangeiros que residiam em Atenas, dedicavam-se ao comércio e ao artesanato. Apesar de contribuírem para a riqueza da cidade, não tinham direitos, mas era-lhes exigido o serviço militar e o pagamento de um imposto especial(1).

Os escravos, eram considerados como um instrumento de trabalho, não tinham quaisquer tipo de direitos, podiam ser comprados e vendidos, mas eram quase sempre tratados com relativa humanidade.

A Chegada de um estranho

 

A cidade de Atenas fervilhava naqueles dias, com a aproximação da festa da deusa Minerva a deusa da prosperidade e da guerra. A população se alegrava pelas grandes vitórias que a deusa lhes havia concedido. E naqueles dias marcava a data em que a deusa ganhara a batalha pela escolha do nome de Atenas.

 

Conta uma lenda que Minerva e Poseidon travaram um duelo para nomear uma cidade fundada pelo rei ateniense. Segundo essa lenda, a deusa com um golpe de lança na terra fez nascer uma oliveira, que florida, representou para os filósofos atenienses, a paz e a prosperidade, além de ser uma árvore muito bela. Poseidon com um golpe de seu tridente fez nascer uma nascente de água, mas salgada. A fonte ficou como a Fonte de Acrópole. Minerva foi a vencedora deste duelo(2).

 

As bigas ( pequenas carroças para dois ocupantes viajarem em pé) cortavam as ruas da cidade num vai e vem de um frenesi alucinado, pois ninguém queria perder nenhum detalhe dos festejos.

 

Os cidadãos mais abastados de Atenas, reuniam-se e deliberavam o andamento das comemorações e suas realizações, enquanto os cidadãos mais pobres eram trabalhadores nos preparativos das festividades. Dionísio era filho de um dos mais conhecidos comerciantes da cidade, esmerava-se zelar para que cada detalhe das festividades saísse bem sucedida, tendo em vista que relembrava que um dia, por sua dedicação nos trabalhos das festividades de outrora, ele fora escolhido para um dos cargos do seleto grupo de filósofos do Areópago.

Uma tarde, estava Dionísio, em uma das salas de um templo, supervisionando os trabalhos, quando um dos cidadãos veio a seu encontro, comentando:

_Dionísio, acaba de chegar à cidade um estranho, que por seus trajes, parece ser um habitante da Judeia. Já esteve na praça principal, olhando os nossos monumentos a nossos deuses e deteve-se com interesse à frente daquele ao deus desconhecido.

_Ora, o que pode haver de estranho em um visitante estrangeiro chegar à nossa cidade e admirar os deuses atenienses? Explicou Dionísio enquanto volteava um dos cenários que eram preparados naque local.

Dionísio usava a tradicional toga, feita para demonstrar a posição de arconte do seu usuário. As sandálias com trançado acima do tornozelo terminavam a vestimenta típica de ateniense.

_Sabemos que as suas grandes obras e feitos para com o povo de Atenas tem atravessado os mares e desperta a adoração destes povos à nossa fé.

_Mas este estrangeiro traz em suas mãos, anotações que segundo ele referem-se ao nome e origem deste deus desconhecido.

_Como assim? Espantou-se Dionísio! Se as lendas dos nossos ancestrais, embora nos contem como este deus salvou o povo ateniense da peste que nos dizimava a muitos seculos atrás, nunca citou o nome ou a origem dele(3). Será que este homem veio da terra de origem deste deus e nos trará finalmente o seu conhecimento?

 

_Creio que devemos conhece-lo e conversar com ele a este respeito. Arrematou Dionísio e tomando de sua túnica, saiu do templo acompanhado do informante.

 

Caminharam por algumas ruas e chegaram à praça principal e avistaram o estranho. Sentado à beira da fonte de água cristalina que encanada subterraneamente desde as corredeiras do rio, jorrava da bica, dando um aspecto reconfortante ao meio da praça. Ele estava lendo alguns de seus apontamentos e demonstrava um evidente respeito pela sua leitura.

Dionísio e seu acompanhante chegaram até o visitante e dirigiram-lhe a palavra.

 

_Boa tarde, senhor! Cumprimentou -lhe Dionísio! Soubemos que acaba de chegar à nossa cidade acolhedora e resolvemos vir dar-lhe boas vindas.

 

_Boa tarde! Respondeu o visitante. Realmente cheguei e pensava onde poderia achar uma hospedagem para descansar da viagem.

 

Paulo, realmente vestia-se à maneira que os judeus moradores da cidade. O que indicava que provinha das bandas de Jerusalém. Seu semblante austero, mas com grande soma de bondade, demonstrava que havia feito uma longa jornada. Seus apontamentos entre suas mãos aparentavam desgaste devido ao uso diário, mas eram guardados com uma dedicação que Dionísio só vira nos mais graduados arcontes-sacerdotes e somente no templo do Areópago.

 

_Podemos lhe indicar um bom local para sua estadia. È uma hospedaria de confiança e oferece bom tratamento aos hóspedes. Informa o amigo de Dionísio.

_Ficarei imensamente grato! Isto me evita andar de um lado para outro, em busca de um local para ficar. Ah! Permita apresentar -me: Chamo-me Paulo e sou de Tarso , na Cilícia e criado em Jerusalém, cidade natal de minha família. Vim à sua cidade acompanhado de meu amigo Zelote, que está na casa de alguns parentes aqui.

 

_Olá Paulo, sou Dionísio a seu dispor e este é meu amigo Crastos. Apresentaram-se os dois atenienses.

E entabulando conversas, dirigiram-se à hospedaria indicada por Crastos.

 

Em dado momento da conversa, Dionísio, disse a Paulo que tinha interesse na sua história sobre a alusão de Paulo a respeito do conhecimento do deus desconhecido cujo monumento estava na praça. Mas, como bom anfitrião, aconselhou a Paulo primeiro que descansasse e depois falariam do assunto.

 

_De bom grado e louvando ao Altíssimo, eu te falarei e farte-ei conhecer o Deus que fez o universo e toda sua criação.

Após deixar o visitante acomodado, Dionísio e Crastos saíram curiosos sobre o fato de Paulo ter dito “ o Deus que criou o universo e toda a sua criação”. Segundo suas crenças, o criador do universo e de todos os deuses era Zeus, o deus do Olimpo e deus do trovão.

Mas este estranho agora vinha com afirmações que o deus desconhecido era o criador de todas as coisas!

Deveriam ter mais entrevistas com ele a fim de poder convencê-lo da verdade.

 

Dionísio informa o Areópago

 

Como um bom participante do Conselho do Areópago, Dioní-sio logo informou ao sacerdote Telêmaco, amigo de sua famí-lia, e seu mentor, da presença de Paulo e sua estranha cren-ça. E em seguida os arcontes ( assim eram chamados os membros do Conselho, escolhidos entre os aristocratas da sociedade ateniense) lograram uma reunião para se inteira-rem das intenções do estranho visitante.

_Sempre temos recebidos estrangeiros em nossa cidade e nenhum deles nunca trouxe tal informação. Como pode este ter conhecimentos que fogem à sabedoria de nossos maiores expoentes, dignos representantes do povo? Não será alguém disposto a fomentar a dúvida e a incerteza na mente de nossos cidadãos sobre o poder e a divindade de nossos deuses? Explanou Zarek, um sacerdote auxiliar de Urbanus, o sumo sacerdote de Atenas.

 

_Não posso crer que o visitante tenha vindo com o firme pro-posito de aniquilar nossa fé, pois desde o dia de sua chegada e em que o coloquei na hospedagem, ele tem ido à praça e lá discorre sobre seu encontro com o seu deus e que segundo ele, por ter amado a humanidade enviou seu filho à Terra para a salvação dos que n'Ele crerem. Relatou Dionísio.

_Em nada de sua palavra, ele dá a entender que devemos derrubar nossos monumentos e abandonar nossas crenças se não sentirmos de nós próprios a vontade de conhecer este seu Senhor.

 

Zarek, um ateniense de corpo esguio, com feições que demonstravam sua propensão ao poder sem benevolência e que no seu íntimo, sentia uma certa inveja de Dionísio por sua fácil eloquência e poder de persuasão, interrompeu-o, exclamando:

_Meus irmãos de Conselho! É do conhecimento de todos que se um inimigo de uma nação quer derrubar seus muros e abrir a brecha para as hostes inimigas, ele se disfarçará e como um cavalo de madeira (4 )enganou a Troia no passado, também este tentará se infiltrar em nosso meio para nos destruir. Devemos intimá-lo a se apresentar a nós e discutir suas mais estranhas ideias a fim de possamos conhecê-lo a fundo e nos prevenirmos de suas reais intenções.

 

_Se os irmãos quiserem poderei conversar com ele e procurar saber suas convicções e trarei um relatório do motivo de aqui ter chegado e que fatores o trouxeram a nosso convívio. Pro-pôs Dionísio.

 

Telêmaco, era um sacerdote que por sua coerência já havia conquistado a simpatia não só dos arcontes como dos cidadãos de Atenas, visto sempre ter julgado as questões com justiça e igualdade, levantou-se perante os demais e declarou:

_Creio que devemos agir como propõe nosso irmão Dionísio, visto que ele já apresentou-se ao visitante e dispôs-se a ouvir sua explanação sobre seu deus.

 

Enquanto os membros do Areópago discutiam entre si sobre a melhor forma de saber de suas intenções, Paulo seguindo as orientações de Deus, pregava nas sinagogas dos judeus, onde lhes falava da vinda de Cristo e de sua ressurreição. E outras vezes nas praças onde o povo vinha ouvir suas pala-vras e alguns dos filósofos epicureus e estóicos discutiam entre si dizendo : _Que quer dizer este faroleiro? E outros: _Parece que é pregador de deuses estranhos. Porque Paulo lhes falava a respeito de Jesus e sua ressurreição. Desta sua pregação, Dâmaris, uma ateniense que o ouvia entregou-se a Deus, numa comoção que atingiu a muitos .

 

Dionísio, agora passando maior parte do tempo, acompa-nhando Paulo, não só para saber sobre sua crença e informar ao Areópago, mas porque sem que ele pudesse admitir a pre-gação de Paulo sobre o amor de Deus para com a humanida-de e a entrega de Jesus, seu filho, aceitando a missão de vi-ver entre os homens, para religa-los a Deus, ainda que fosse preciso morrer na cruz, trazia ao seu coração uma mensagem de esperança que seus deuses não podiam transmitir.

 

A crença entre os atenienses de uma vida após a morte, ago-ra não se tornava capaz de dar alento à sua alma, mesmo que a esperança fosse na presença dos deuses.

 

Aos poucos essa nova fé ia dominando sua mente e de certo modo, Dionísio via a possibilidade de que quando Paulo falas-se perante o Areópago, outros arcontes iriam se juntar à sua decisão e estabelecer o culto ao Deus Altíssimo, o verdadeiro Deus criador do Universo. Assim ele, Castros e outros mem-bros convenceram Paulo a pregar perante os membros da Assembleia de Atenas.

Os atenienses e outros estrangeiros tinham por maior prazer em passar o tempo, discutindo as novidades. Assim eles in-quiriam a Paulo.

_Podemos nós saber que nova doutrina é essa de que falas? Pois cousas estranhas trazes aos nossos ouvidos e queremos saber o que vem a saber isto.

 

Paulo perante a Assembleia de Atenas.

 

Paulo, que em seu coração estava condoído com os habitantes daquela cidade, tendo em vista estarem mergulhados em idolatria, colocou-se à frente aquela assembleia e levado pelo Espírito Santo começou a dizer:

_Varões atenienses! Em tudo vos vejo um tanto supersticiosos: porque passando eu e vendo os vossos santuário, achei um altar que em que estava escrito: AO DEUS DESCONHECIDO. Esse pois, que vó honrais não o conhecendo é este o que vos anuncio .

O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templo feitos por mãos de homens. Nem tão pouco é servido por mãos de homens, co-mo necessitando de alguma coisa, pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, a respiração e todas as coisas. E de um só fez toda a geração dos homens para habitar sobre toda a fa-ce da terra, determinando os tempos já dantes ordenados e os limites de sua habitação.

Para que buscassem ao Senhor, se porventura, tateando , o pudessem achar, ainda que não está longe de cada um de nós, porque nele vivemos e nos movemos e existimos, como também alguns de vossos poetas disseram: Pois também so-mos sua geração. Sendo nós, pois geração de Deus, não havemos de cuidar, que a divindade seja semelhante ao ouro ou à prata ou à pedra esculpida por artificio e imaginação dos homens.

Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens em todos os lugares que se arrependam, porquanto tem determinado um dia em que, com justiça há de julgar o mundo, por meio do varão que destinou, e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dos mortos.”(5)

 

_Membros do Conselho e irmãos meus, conforme já os havia avisado, este homem veio com o firme proposito de nos afastar de nossos deuses e enfraquecer-nos a fé, tornando a nossa cidade palco fácil para a dominação estrangeira. Vituperou Zerak, saltando em meio ao pátio da Assembleia.

 

Outros membros escarneciam, e outros querendo se livrar da presença do apóstolo o mais rápido possível, diziam: Acerca disso te ouviremos em outra vez.   Paulo, contriste, por ver a dureza de sua incredulidade e firme idolatria, saiu do meio deles.

 

Dionísio se converte a Jesus, o filho de Deus.

 

Perante aquela veemente defesa de sua fé, de sua grande ousadia de falar perante à assembleia de seu Deus, com tal firmeza acabou com as dúvidas de Dionísio, que se rendeu ao Deus Altíssimo que Paulo acabara de pregar. E junto com Dio-nísio, renderam se aos pés do Senhor, alguns dos presentes-(6).

 

Capítulo 2

 

A exclusão de um arconte

 

Poucos dias depois, Paulo deixava Atenas indo em direção a Corintos, onde encontrar-se-ia com Silas e Timóteo. Dionísio, Castros, que recebera o nome de Ciríaco ao ser batizado, Dâmaris e outros convertidos, foram despedir-se do apóstolo, assegurando-lhe que a semente do evangelho não haveria de morrer pois eles tudo fariam para que seus concidadãos se rendessem aos pés de Cristo.

Castros, quando de seu batismo, enfrentou grande oposição de seus familiares que o julgavam louco, por se deixar levar por aquela rebelião, que acabaria por joga-lo na prisão ou pior ser morto pelos arcontes revoltados com Paulo. Por isso, desiludido com seus familiares optou pela troca de seu nome de batismo para Ciríaco.

Após a partida de Paulo, Dionísio cada vez mais foi-se afastando de suas obrigações com a assembleia e se envolvia com outros membros de sua nova fé, procurando ser o mais fiel possível, as orientações de Paulo com respeito ao amor de Deus e ao sofrimento de Jesus por toda a humanidade.

 

Lembrava-se de um dia quando em conversa com o apóstolo este lhe contou sua conversão: Contou -lhe Paulo:

Eu era um grande perseguidor de seguidores de Jesus, devido a meu conhecimento dentro do Sinédrio (Assembleia de doutores da Lei em Jerusalém) obtive cartas para prender e até matar todo aquele que não negasse sua fé naquele nazareno. E um dia, partia para Damasco, com ordens expressas de prender, supliciar e matar um dos maiores seguidores de Jesus, quando à entrada da cidade, fui surpreendido por uma radiante luz celestial que me cegou, tal o seu esplendor. Caído, cego, indefeso ouvi aquela voz que hoje é a minha fortaleza: ”Saulo, Saulo. Porque me persegues?..E eu lhe perguntei:_ Quem és, Senhor? E a sua doce voz me revelou: “”Eu sou Jesus a quem tu persegues. Duro é para ti recalcitrar contra os aguilhões. Disse-me ele, sabendo das lutas que eu teria para convencer-me a mim mesmo de minha nova missão, agora como representante do meu Senhor e Salvador.

Tudo o que eu pude fazer foi perguntar: “O que queres que eu faça, Senhor?. Desde então, não vivo mais eu, mas Cristo vive em mim.

 

Dionísio sentia dentro de si uma vontade enorme de ter esta convicção que Paulo demonstrava. Uma fé capaz de elevar o homem acima de todo e qualquer conceito alegado por quaisquer deuses. Uma fé imensa em Deus único, bene-volente e justo.

Baseado nesta força, a cada dia mais o ex-arconte falava nas sinagogas e nas praças sobre Jesus, sua mensagem de amor incondicional, trazendo aos homens um relacionamento com o Deus -Pai, que nem mesmo Zeus havia sido capaz de transmitir aos seus adoradores.

 

Uma estranha sensação de determinação e coragem estava se assenhorando de seu espírito, que até ele notara a mudança em si mesmo. As pessoas mais chegadas lhe alertavam sobre as consequências que parecia ter-se esquecido aos arcontes que no passado, ousaram falar contra as vontades dos sumos sacerdotes, principais na Assembleia.

 

Mas nada disso o assustava, a crença nas mensagens de Jesus que Paulo havia lhe transmitido, o levavam a enfrentar a tudo isso, ainda que fosse preciso enfrentar a morte. Dizia: _Jesus nos falou:” Aquele que quiser salvar sua vida, perde-la-á, mas quem quiser perder sua vida por amor de mim, haverá de ganha-la eternamente.

 

Zerak, vendo neste episódio uma chance de livrar-se de Dionísio, compareceu perante Urbanus o sumo sacerdote do Areópago.

 

_Meu senhor, lamento muito que tenha que trazer este tipo de denúncia mas, temos observado as atitudes de nosso antigo confrade e membro eleito deste conselho, Dionísio, que outrora com tanta eloquência falava de nossa fé e hoje usa de sua força nas palavras para propagar a fé daquele a quem expulsamos de nossa cidade.

_Peço sua autorização, para convocá-lo à nossa presença onde poderá ter a chance de se redimir e voltar a adorar nossos deuses.

 

_Zarek, não cuidas tu de que possas me tomar por qualquer outro membro deste conselho. Bem sei que o que pretendes é que perante este tribunal, Dionísio seja condenado à morte por heresia à nossa religião. Mas também penso como tu, e não quero este cidadão, corrompendo a mente de nossos eleitores. Isto poderia acarretar-nos dissabores daqui a algum tempo. Pois bem, tens autorização a mandar chamá-lo e se ele não vier, erá bom motivo para prendê-lo. E se resolver atender-nos, estará assinando sua própria sentença.

 

Dionísio é chamado ao tribunal

 

Naquela tarde, estava o areopagita dedicando-se ao seu trabalho preferido a partir de então, ou seja, apresentar Jesus aos atenienses quando vieram informar-lhe que o sumo sacerdote Urbanus, através de Zarek, o intimava a comparecer perante o Conselho e explicar qual doença o havia cometido para espalhar tais insanidades perante o povo.

 

_Será melhor não compareceres. Alegou Ciríaco, sabes que

Zarek não perderá a oportunidade deitar as mãos em cima de ti e te fazer matar.

_Meu bom irmão Ciríaco! Por acaso deixamos de confiar nas mãos do Senhor? Não são suas palavras;” Se tiverdes de ser levado à presença de reis ou governadores, não vos preocupeis com que haveis de falar. Pois o Espírito Santo vos ensinará tudo o que haveis de dizer.”

Deixando a praça, Dionísio dirigiu-se à casa de Zelote, a fim de pedir orientações e orações para as lutas que se iniciavam.

 

No dia marcado, Dionísio acompanhado de seus amigos, compareceu perante o Conselho. A plateia da assembleia estava lotada, pois todos se tornaram curiosos sobre a defesa de Dionísio perante aqueles que, conheciam a fundo a fé popular.

_Temos contra ti, acusações de estares fomentando aos nossos irmãos a se curvarem perante a um deus estranho e impertinente, pois declara-se único na criação e manutenção de todas as coisas. Tais declarações nos dão conta de esta divulgação fere, irrita nossos deuses que acabarão voltando-se contra nós como no passado e nos darão castigos e pragas que dizimarão a população. Leu as acusações o sumo sacerdote Urbanus.

 

_Ainda temos contra ti, que este deus que tu agora declaras quer por-nos por igual aos escravos e deste modo devemos dar-lhes o mesmo tratamento dados aos Eupátridas (os bem nascidos) com a fim de desmoronar nossa bem estruturada sociedade. Citou Zarek, com ironia.

 

_Dionísio, meu filho, esta Assembleia, neste momento, visa recuperar tua razão, desobstruir tua visão da sombra que aquele Paulo colocou em teus olhos, a fim de que declares que estavas errado e retornes à tua fé em nossos deuses. Consolidou Telêmaco. Embora gostasse muito de Dionísio, também era de opinião que esta nova visão de seu pupilo o estava levando a um caminho que tornar-se-ia desastroso para ele e sua família. Ele gostaria de vê-lo um dia no futuro, ocupando o lugar de sumo sacerdote na Assembleia.

 

Dionísio, tomado de uma calma impressionante, levantou-se no meio do pátio daquele tribunal, e com ousadia, começou a sua defesa:

_Cidadãos atenienses e meu irmãos, graças em Deus Pai seja dadas a todos vocês, pelo nome de Nosso Senhor Jesus Cristo. O Deus único me é testemunha de que tudo o que faço é tão somente anunciar o seu grande amor pelos homens, perdidos nas armadilhas da serpente desde a fundação do mundo, engando o primeiro homem e estabelecendo seu reinado de terror e dominação sobre a terra. Seu amor é tamanho que nos deu seu filho único, em remissão de nossos pecados, fazendo-o morrer em nosso lugar e morrer de cruz, nas mãos de opressores do povo. Mas sua misericórdia e tre-menda que ao terceiro dia após seu sepultamento o ressuscitou dos mortos, vencendo a morte e nos dando o direito de estarmos um dia com ele na gloria do Pai Eterno.

 

Sua única imposição a termos direito de nos reunirmos a Ele é nos amarmos uns aos outros como ele nos amou, e praticarmos este amor fazendo-nos uns aos outros o que queremos que nosso irmão nos faça.

Ele nos deu exemplo de que não há maior amor do que este que nos deu -dar a sua vida pela vida de outrem.

 

_Blasfêmias! Irritou-se Zerak. Com os olhos vermelhos de ódio, a face quase que deformada pela raiva contida em seu íntimo, retrucou: Devemos acreditar que se um de nossos cidadãos estiver à morte um de nós deve tomar seu lugar, para que os deuses se acalmem?

 

_Zerak, o ódio que me nutres te leva a divagar por palavras não proferidas por mim. A minha afirmação foi de que Deus se alegra com nosso amor par com Ele e pelo próximo de tal modo que, se nosso irmão estiver em grave risco de vida, nós coloquemos a nossa vida em risco para salvá-lo, e não como demonstração para agradar a deuses que não se oferecem em holocausto pelos seus filhos.

 

_Cidadãos! Membros desta comissão! Sugiro que devemos dar a este jovem alguns dias para que realmente analise as consequências de sua revolta contra os deuses e resolva nos acompanhar em nossa fé e que tudo volte ao normal. Interveio Telêmaco, em defesa de Dionísio, notando que ele havia adquirido uma fé totalmente diferente e revigorante, e temendo o rumo das provocações de Zerak, contra seu aluno.

 

Pois bem, pedido aceito porém este tribunal decide que Dionísio seja recolhido à prisão, até que seja marcado outra audiência ou por sua decisão queira desculpar-se perante o Conselho, decidiu Urbanus.

 

Enquanto o jovem é conduzido ao cárcere, Zarek chegou-se a seu mentor.

_Meu senhor tem certeza da decisão? E se ele decidir que estava errado e voltar ao nosso convívio? Ou ainda, sendo de forte personalidade, acabe contagiando alguns dos outros membros e torne difícil a nossa participação nos lucros das festividades e nos julgamentos.

_Caro Zerak! Esqueceu -se de quem estamos falando? Conhecendo Dionísio como bem conhecemos, é quase certo que ele preferirá ficar na prisão a se retratar perante o tribunal, ainda mais convencido como está de sua nova fé. E também duvido que qualquer dos outros arcontes queira segui-lo se soubermos aplicar uma correção adequada a este ousado.

 

_Depois pode ser que lhe ocorra algum acidente na prisão, e nos libere da obrigação de interroga-lo novamente. Frisou Urbanus, com um sorriso maquiavélico. Os habitantes dos carceres, com o passar dos tempos naquele lugar, tornam-se animais que lutam entre si, por um pouco da comida ou de espaço. E ali não há quem considere a posição social de outrem, como privilégio no seu meio ambiente.

As cadeias do cárcere são abertas

 

As luzes bruxuleantes das tochas que iluminavam as celas e os corredores da prisão, não eram suficientes para deixar o local, sem sombras espessas capazes de ocultar seres com intenções maldosas. Assim, um homem a mando de Urbanus, deslizava pelas sombras da prisão, procurando a cela onde o jovem Dionísio estava encarcerado.

 

Este porém, aproveitando o momento solitário, dobrara seus joelhos e emitia ao Pai uma oração de graças, por ele ter-lhe permitido a oportunidade de apresentar seu amor aos membros do tribunal. Agora, ele entregava seus caminhos ao Senhor e confiava na sua proteção.

Naquele momento, o malfeitor aproximava-se de sua cela e preparava-se para dar um golpe mortal com uma lança em Dionísio, quando um tremor se fez sentir, pedras caíram e uma acertou a cabeça do indivíduo desacordando-o. As cadeias que fechavam as celas se abriram e um anjo apareceu perante Dionísio, dizendo-lhe:   

_O Senhor zela pela tua vida, e Ele tem planos para ti e que deves ainda testemunhar perante os homens de Atenas e outros lugares. Deixe esta prisão e procures teus irmãos. Eles te conduzirão até onde Deus quer que o representes.

 

Dionísio saiu da prisão, sem ninguém para detê-lo e de imediato procurou Zelote.

_Perto do amanhecer, irás com Êumenes e sua esposa Nícia até o porto de Pireu, como este porto é muito movimentado, ninguém notará a sua presença no local, dali irás para a cidade de Mileto, onde Deus te guiará o que deves fazer.

As primeiras horas da manhã ateniense começavam a vencer as sombras da noite, quando Dionísio, Êumenes e Nícia embarcaram no navio que os levaria a Mileto, segundo as ordens do Senhor.

Enquanto isso, na prisão, os guardas davam conta do ocorrido e alertaram a Zarek sobre o desaparecimento de Dionísio.

Vociferando impropérios, ele ordenou aos guardas que o buscassem em todos os locais possíveis de Atenas e o re-conduzissem à prisão. Porém era como se Dionísio nunca tivesse existido.

Ansioso por achar um bode expiatório para seu fracasso, Zerak mandou prender Ciríaco, alegando que o mesmo sabia do paradeiro de Dionísio, e iria faze-lo falar.

 

Na prisão, possesso pois não conseguia arrancar nenhuma informação de Ciríaco, o arconte mandou açoita-lo duramente e colocou-o no carcere. Sangrando abundantemente, o jovem mancebo ainda assim dava demonstração de seu aprendizado com Paulo e sua nova fé inabalável .

_Senhor, perdoa-o por que ele não te conhece e não experimentou o teu amor.

 

Estas demonstrações exasperavam ainda mais o rude âmago de Zerak, que sentia dentro de si crescer seu ódio aos cristãos.

Abandonado na prisão, Ciríaco teria fatalmente sucumbido, mas os caminhos de Deus são mais intrínsecos que os do homem e Epimênides, o carcereiro, era amigo de Ciríaco e já o havia visto pregando o evangelho do Senhor Jesus Cristo nas residências dos amigos, e acolhera ainda que em segredo a fé que movimentava a cidade de Atenas.

Com cuidado cuidou das feridas do rapaz e logo este se recuperava. Os dois aproveitavam os largos momentos de solidão, pois nem mesmo os guardas iam olhar as condições dos presos, e trocavam impressões sobre o amor de Cristo.

 

Zerak por sua vez, esquecera-se de Ciríaco, e ainda intentava saber do paradeiro de Dionísio. Numa noite dessas, Ciríaco e Epimênides estavam orando e louvando, quando foram surpreendidos por um anjo.

_Aprontem-se pois o Senhor manda vos ir ter com Dionísio, pois este tem levado a muitos lugares a palavra de Deus e tem convertido a muitas pessoas.

Ambos tomaram do pouco que lhes restou e saíram da prisão.

Ciríaco ainda estava sem forças suficientes para andar e fraquejava nas pernas então o amigo Epimênides o apoiou e ambos embrenharam-se nas matas em volta da cidade, seguindo as orientações do Senhor, na voz do anjo.

 

Dionísio na cidade de Mileto.

Na casa de um dos cristãos que havia em Mileto, de nome Crático, Dionísio fazia as reuniões onde muitos dos habitantes se convertiam . E também como Paulo, Dionísio era usado nas curas de pessoas. Sua palavra apresentavam ás pessoas, um Cristo com tamanho poder que a suas conversões promoviam a cura nos convertidos. E sua fama corria entre os moradores de Mileto.

Uma noite, depois das orações, todos foram recolher-se. Tocado de uma estranha sensação, Dionísio foi ao monte, meditar. Então um anjo aparece-lhe e confortou-lhe:

_Não se turbe o teu coração, Dionísio, pois o Senhor sempre está contigo. Importa agora que te aprontes e retornes à tua cidade. Lá encontrarás teu amigo e irmão afetuoso, Ciríaco cuja prisão já foi aniquilada pelas mãos do Senhor. E então novas tarefas serão solicitadas a vocês em prol da vitória do evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.

 

Após o sofrimento o reencontro dos irmãos

O exemplo final.

Nas montanhas, escondidos nas cavernas, Dionísio e alguns irmãos convertidos em Mileto, faziam planos para reentrar em Atenas e novamente levar ao povo o evangelho de Jesus. Emocionados os dois amigos, se abraçaram neste reencontro e depois compartilharam as lutas em prol do evangelho.

Os vales e os montes naquela noite se encheram da glória levantada pelos cânticos de louvor que os cristãos entoavam. Suas vozes emocionadas pelo toque fraterno de Cristo em suas almas, tornava-se uma força suprema a destruir as sombras do mal que envolviam a cidade de Atenas.

 

Novamente mais uma manhã de festas em Atenas. Festejava-se a celebração a Dionísio o deus-bacante (que se representava com uma taça de vinho e uvas nas mãos da estátua) (7). Dionísio chegando à cidade foi diretamente à pra-ça, onde Paulo na sua chegada começou aquela revolução na vida de muitos atenienses. Agora Dionísio vinha enfrentar uma guerra contra um deus que lhe dera o nome.( Em sua honra os pais de Dionísio lhe deram o nome do deus).

Ele começa sua pregação, referindo-se ao fato da estátua ter em suas mãos uma taça de vinho e uvas.

 

_Atenienses! Varões destemidos! Como já lhes havia sido a-lertado, parece que vós estais a dormir ainda, pois apesar de ter sido apresentado um Senhor que se preocupa com sua salvação, um Deus de amor infinito, que se entristece em ver-vos com os olhos enevoados pela idolatria, não quereis acor-dar e ver que este deus a quem festejais é um deus que vos leva a uma vida desregrada, perdidas em orgias e bebidas. O seu grande intuito é que permaneceis cegos e torneis a vossa alma em tormento. O ser que vos domina e que está por trás desta estátua inerte e sem vida não quer o vosso conhecimen-to da verdade, pois ele sabe que a verdade vos libertará deste jugo imoral e pernicioso.

Arrependam-se e convertam-se a Jesus, pois Ele é quem tem a chave da vossa alegria eterna, Ele é o nosso caminho, a nossa Verdade e a nossa Vida. Aquele que n'Ele crêr ainda que esteja morto, viverá mas não uma vida ilusória como estes deuses nos oferecem, mas uma vida plena de alegria e abundancia.

Enquanto Dionísio discursava, alguns dos Eupátridas foram correndo avisar Urbanus da volta dele a Atenas. De imediato o sumo sacerdote enviou os guardas para detê-lo.

Levado por seus amigos Dionísio retirou-se do local e escondeu-se na casa de Êumenes e Nícia. Mas Dionísio lograva sair e enfrentar os arcontes em seu próprio território : o Aerópago.

Porém seus amigos o fizeram deliberar que era preciso antes orar e pedir orientação ao Senhor, a fim de não tomar atitudes que não elevassem seu nome acima dos deuses vigentes.

Estavam em oração quando as portas, foram derrubadas e os guardas penetraram na residência. Todos foram detidos, mas nenhum demonstrou qualquer sentimento de medo ou de revolta.

Jogados outra vez na prisão, os cristãos cantavam e oravam com tal fervor que alguns dos guardas perguntavam que seita é esta capaz de dar tal serenidade a seus seguidores, mesmo em vias da proximidade da morte?

E o exemplo de paz espiritual mostrada por estes mártires continuava a fazer crescer em Atenas, a mensagem do Amor de Jesus, derrubando cada vez mais o poderio dos deuses de pedra.

 

Atenas continuou sua marcha para o progresso, mas as lembranças dos cristãos que deram sua vida pela liberdade espiritual de toda uma civilização, até hoje nos mostra que maior que todos os deuses de nossos medos, de nossa ignorância, de nossos adversários ainda é o DEUS ALTÍSSIMO, que criou o Universo e tudo que nele há

 

Fim

 

 

 

Fontes de pesquisa:

 

  1. Wikipédia- Atenas

  2. Wikipédia -Poseidon

  3. Caio Fábio,net -O deus desconhecido

  4. A guerra de Troia- O cavalo de troia

  5. Atos cap. 17 22 a 33

  6. Atos cap. 17 vs 34

  7. Wikipédia -História antiga

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Parte 2

 

 

 

Roberto C Garcia

 

 

 

Lídia a vendedora de púrpura de Filipo.

 

 

 

 

 

 

Sumário

 

 

Apresentação........................................................................64

Introdução.............................................................................65

Uma mulher de negócios......................................................66

Novos rumos chegam a Filipo..............................................72

Outro testemunho para Paulo...............................................77

Paulo na reunião da beira do rio...........................................80

Lídia se torna cristã e põe a serviço de Paulo......................86

A perseguição dos magistrados aos cristãos........................90

Paulo e Silas são levados à prisão........................................92

Paulo, Silas e Lucas deixam de Filipo...................................93

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Lídia - A Negociante de Púrpura de Filipo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Apresentação

 

Esta narrativa da vida de Lídia, a vendedora de púrpura de Filipo, baseia-se na descrição bíblica, onde Paulo prega para a jovem e seu coração entrega-se ao amor de Cristo. Como todo convertido de Paulo podemos imaginar as dificuldades de pregar aos cidadãos de Filipo. Idólatras desde pequenos, não eram capazes de aceitar outro deus em suas vidas, mesmo que fosse o Deus Verdadeiro.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Introdução

 

 

Lídia, uma comerciante de tecidos de Filipo, era muito conhecida dos habitantes do lugar pela sua habilidade em negociar tecidos finos vindos de Tiatira, sua cidade natal. Lídia já admirava a soberania do Deus único professado pelos judeus. Mas quando o apóstolo Paulo chegou em Filipo e começou sua pregação sobre Jesus Cristo, a admiração de Lídia tornou-se em conversão e então passou a ser uma divulgadora do evangelho de Jesus.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Capítulo 1

 

 

Uma mulher de negócios

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Na hora da chegada dos navios vindo de diversos portos da Europa, o cais de Filipo se tornava um verdadeiro caos. Os grupos de trabalhadores empenhados nas descargas das mercadorias, se desdobravam para desembarcar os produtos antes da hora da partida para outros portos. Os habitantes que esperavam seus familiares e amigos que vinham em visita à cidade, eram aguardados com ansiedade. Os passageiros que iriam embarcar para as viagens a seguir, lotavam as pontes de embarcações, loucos para subir a bordo e zarpar.

Naquele alvoroço, uma mulher alta, de feições decididas, com voz firme, dava ordens a alguns trabalhadores que ajeitavam fardos de tecidos em várias carroças. Sob sua orientação os fardos eram firmemente amarrados nos veículos para suportar a viagem que fariam até a cidade.

 

_Boa tarde, senhorita Lídia! Cumprimentou o capitão do navio. Espero que suas encomendas tenham vindo a contendo ao seu pedido. Somente recebemos pedidos a serem embarcados conforme suas instruções e de mercadores relacionados.

_Boas tardes, senhor capitão! Realmente veio tudo conforme havia solicitado. Agradeço-lhe a atenção, dispensada à minha mercadoria. Espero que tenha uma ótima viagem a seguir .

 

Á chegada a Filipo, as carroças com as mercadorias da comerciante pararam em frente a uma grande loja de tecidos, onde diversos empregados já se formavam para descarregar os produtos. Lídia, a comerciante, que chegava logo após em uma liteira bem aparelhada com todo o conforto para sua ocupante.

Rapidamente, com a desenvoltura de quem já estava habitu-ada a estes procedimentos, começou a organizar a entrada das mercadorias na loja, indicando o que ia para o estoque e o que ficaria nas prateleiras. Depois de tudo organizado, reuniu-se com a sua amiga e gerente da loja, Evódia, para memorizar os pormenores da chegada das encomendas.

 

_ Um dos mercadores com quem eu havia negociado, sabia exatamente que ele cumpriria o acordo, pois conforme o mes-mo havia me revelado, era judeu e acreditava em Deus que dava bençãos aos que cumpriam suas obrigações tanto espi-rituais como materiais. Seu Deus não aceitava que um dos seus adoradores, agisse com falsidade para com seus empregados, clientes ou fornecedores. Isto era declaração de que sua fé era falsa, sem poder, e trazia maldições.

 

_ Lídia, você tem cada uma! Acreditar que só porque alguém lhe diz ser adorador de alguma divindade, esta pessoa irá ser correta em tudo que realizar, já é crer demais na humanidade. Cuidado amiga, pois um dia você poderá ser enganada por um destes espertalhões.

_ Talvez se eu der crédito a qualquer um deles, mas se você soubesse como é o caráter de quem nasce na terra da Judeia. _Nas conversas que tenho com estas pessoas, percebo um ar místico, quando elas falam de seu Deus. Eles tem uma ado-ração especial, uma fé viva de quem sabe que depois das mazelas deste mundo, algo de supremo os espera. Sabe, eu gostaria de experimentar esta fé, esta certeza de coisas mel-hores nos esperam.

_Lídia! Disse a amiga, tomando-lhe as mãos, e com um ar que mais parecia ser de uma mãe do que uma amiga, acrescentou: _ Tu tens tudo o que uma mulher pode ter nesta vida. Olhe as tuas lojas, sabes quantas mulheres gostariam de ter tua fibra, e erguer um patrimônio com tu ergueste?(1) Permaneces solteira porque queres, pois todos os moços bem ataviados desta cidade e do mundo, gostariam de ter-te coo consorte. És linda, corajosa, decidida, uma mulher que pode fazer qualquer homem ser o mais feliz da terra. Porque se preocupar com o que outros povos imaginam ser a felicidade.

 

_A felicidade é isto que os deuses tem dão. E outra porque eles alegam esta alegria mas nenhum deles sabe exatamente como explicar como e quando este alvorecer futuro irá se realizar.

 

_Bem, decidiu Lídia. Agora vou descansar um pouco e depois dar continuidade aos trabalhos. Hoje recebi ótimas peças de tecido púrpura e pretendo colocar logo elas em destaque para vendas. E dizendo isto, levantou-se e dirigiu-se para seu quar-to.

 

Evódia, acompanhou a amiga com o olhar. Sabia da determi-nação dela, quando se empenhava em descobrir os mistérios que a vida lhe apresentava. E este era um mistério especial. Parecia ser alguma coisa que iria mudar o rumo da sua vida. Algo grandioso que lhe poderia acontecer e fazer diferença em seu destino.(2)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Novos rumos chegam a Filipo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Lídia, que já havia se decidida pela crença dos judeus em um Deus único, através de Evódia que frequentava as reuniões que os adoradores de Deus na cidade, também ia ás reuniões. A dificuldade maior enfrentada por estes seguidores é que na cidade não havia sinagogas, embora grande fosse o número de judeus habitantes no local. Lídia e suas amigas ti-veram então que e decidir por um local de fácil acesso a todas

e onde não fossem incomodadas, pois seu grupo era formado somente por mulheres.

 

Evódia que era a mais experiente no conhecimento da doutrina dos judeus, procurava transmitir ás outras tudo o que as escrituras do Antigo Testamento (Torá) ensinavam a res-peito de Deus. Explanava sobre a origem do Universo, a criação da Terra e do homem. Como o inimigo de nossa alma, enganou a Eva e a incentivou a enganar Adão, configurando o pecado original, que estendeu-se a todos os homens. Assim as mulheres de Filipo reconheciam-se pecadoras e neces-sitadas do perdão e da misericórdia divina. Como todo pecador elas aguardavam a chegada do Messias, prometido pelo Senhor Deus.

Ao término da reunião, Evódia enunciava a oração de agradecimento e todas dirigiam-se para seus lares.

 

 

 

Transcorridos alguns dias, Lídia está no mercado, fazendo suas compras, quando uma conversa entre dois homens lhe chama a atenção.

_É certeza, dizia o primeiro! Eu já estive em Atenas à dias atrás e o vi pregando na praça central. E muitas pessoas paravam para escutá-lo. Sua eloquência é maravilhosa e sua palavra prende nossa atenção. Falava de um Deus que havia mandado seu filho para salvar um povo. E em Atenas há um monumento para um deus desconhecido.

_Ora, meu amigo. Existem alguns tipos de pessoas que são exímias palestrantes e com uma boa dose de imaginação poderia enganar os cidadãos daquela cidade, pois alguém falando a eles sobre seus deuses, seria uma grande atração.

_Não! Não! Ele falava de um deus do povo de Israel. O povo judeu! E te digo, não fosse a minha obrigação de voltar logo, eu teria parado e escutado sua palavra.

_Mas, bem. Ouvi dizer que ele chegou aqui em Filipo. Desembarcou hoje cedo e foi se hospedar na casa de Clemente. Creio que ele deverá pregar a nós.

_Clemente não é aquele senhor bem abastado, e que mora nas mediações da cidade? Ouvi dizer que ele e sua família são seguidores da religião dos judeus. Mas também é uma ótima pessoa. Muito amável e prestativa.

Lídia, sem saber exatamente porque, interessou-se em obter detalhes sobre quem era o misterioso visitante que chegara a Filipo. Não podia deixar de reconhecer que o fato do estranho falar de um deus que mandava seu filho ao meio dos homens, para salvá-los, tinha um que conforme a crença dos judeus. E se ele fosse judeu, então seria a gota que ficava faltando para ela inteirar-se da crença dos judeus e seu deus.

Quais seriam as palavras que este estranho traria e que nin-guém ainda havia citado nas escrituras e que pareciam ser de grande importância para o crescimento espiritual de quem as ouvia. Será que ele falava sobre o Messias tão anunciado no Torá? Será que em pouco tempo, os judeus se levantariam contra os romanos, numa revolta que há muito os israelenses ansiavam? Mas, ninguém teve notícias de que havia um gran-de militar reunindo o povo em Jerusalém.

 

_Bem o caso é esperar este estranho se dispor a procurar alguém que Clemente indique. Pensou consigo mesma.

Clemente, continuou o pensamento, é um homem muito bem conceituado em meio à população. Tem demonstrado que também acredita no Deus de Israel, não deve ter sido coinci-dência o fato do visitante ter ido para sua casa.

 

 

 

Outro testemunho para Paulo

 

Naquela manhã, Lídia gerenciava sua loja quando um cliente dirigiu-se a ela para fazer o pagamento de uns tecidos de alto valor, perguntou-lhe:

_ Diga-me, senhorita Lídia, já ouviu falar deste grande homem vindo de Atenas? A cidade de Filipo foi muito abençoada com a visita dele, principalmente se ele revelar a vocês as mesmas visões que tive o privilégio de vê-lo falar aos atenienses.

 

_ Já tivemos notícias da sua chegada e de sua notável pregação. Ele está descansando da viagem na casa de uma pessoa de boa reputação na cidade. Afirmou Lídia. Soubemos de suas vitórias na cidade de Atenas. Soubemos que ele conseguiu converter até mesmo um dos promissores arcontes do Areópago e tal a sua confiança naquilo que acredita, que com o pouco tempo que esteve em Atenas, deixou inúmeros seguidores na cidade.

_Realmente, sua confiança nas palavras que profere são de tal seriedade que torna-se impossível não se envolver em sua pregação. E a forma como descreve seu deus e o amor pelo homem nos preenche com uma certa esperança e desejo de receber esta graça, e que segundo ele já está disponível a todos os homens através de Jesus Cristo, o seu filho.

_Jesus Cristo? É a primeira vez que ouço falar deste personagem. E é o filho de Deus? Mas, ele (Deus) não estaria preparando um Messias que viria (segundo as escrituras )para libertar o povo judeu do governo romano, a quem este povo não se submete?

_Mas, Paulo vem nos dizer que ele é mesmo este Messias, porém suas armas são a benevolência, o amor ao próximo e a caridade. Acentuou o cliente da loja. Bem, aqui estão minhas mercadorias,devo me retirar, _Tenha um bom dia, senhorita!

 

Após a saída do comprador, Lídia começou a refletir sobre a conversa e decidiu, ouviria a Paulo com toda a atenção assim que fosse possível contatá-lo. E passou a dar atenção aos outros clientes, tendo em vista que sua loja era famosa, bem conceituada por vender tecidos da mais alta qualidade.

 

 

 

Lídia havia saído de Tiatira, quando seus pais arranjaram-lhe um casamento com certo filho de um negociante da cidade. A jovem por não estar disposta a ceder a um casamento arranjado, decidiu ir para a cidade de Filipo, que crescia em prosperidade. Juntou suas economias e partiu. Já em Filipo, trabalhou no comércio local (onde afinou sua capacidade para este próprio negócio) e com o passar dos anos tornou-se uma negociante. Devido a sua perspicácia para o ramo, logo sua empresa cresceu e tornou-se conhecida. A partir daí, Lídia co-meçou o comércio de tecidos vindos da sua cidade natal. Tecidos estes que ela conhecia muito bem e tinha consciência que faria seu sucesso em Filipo.

 

Envolta com suas obrigações comerciais, a comerciante nunca poderia imaginar que naquele fim de tarde, seu encontro com suas ânsias de conhecer a Deus começariam a ser satisfeitas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Capítulo 2

 

 

Paulo na reunião da beira do rio.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Após o trabalho, Lídia reuniu-se com Evódia e as duas di-rigiram-se à beira do rio, onde as outras mulheres já deviam estar chegando. Um estranho sentimento tomava conta de coração de Lídia, uma sensação de que sua alma seria sacia-da em toda sua plenitude. Haveria de descobrir algo que se tornaria seu maior tesouro. Tentou explicar esta sensação à amiga, mas não sabia como descrever o que lhe ia na alma.

 

Na chegada foram recepcionadas pelas amigas que lá já estavam, com fraternos abraços. Tal companheirismo já havia se tornado uma irmandade tais eram seus sentimentos umas com as outras.

Como sempre, Evódia levantou-se para orar iniciando a reunião. Nisso ouviram uma voz masculina:

_Que a paz de Deus e o amor esteja sempre em seus cora-ções, caríssimas irmãs!

Voltando-se viram dois homens aproximando-se. Ambos tinham a tez bronzeada, própria de quem anda muito ao sol, em viagens aqui e acolá. Um deles tinha o olhar firme, enérgico mas bondoso, seus cabelos e barbas compridos, davam-lhe um ar de um ser angelical, encarregado de trazer as boas novas a humanidade. O outro de aparência mais jovem, tinha uma expressão de uma pessoa culta, estudada, e que se colocava como escriba do primeiro. Mas ambos cativavam à primeira vista.

 

_Saímos fora da cidade para orarmos e fomos atraídos pelo som de suas vozes, que pareciam de anjos louvando ao Criador, a benção de estarem em sua orientação. Disse o mais jovem.

 

_Mas permitam que nos apresentamos. Eu sou Lucas, seu servo e este é meu irmão e companheiro de estradas Paulo.

_ Pois não, irmãos. Sentem-se conosco. Antecipou-se Lídia._Chamo-me Lídia, e estas são: Evódia, Sintíque, Ermínia, Helena e Niceia. Já ouvimos notícias sobre o senhor Paulo, e ansiávamos por ter a oportunidade de ouvi-lo, pois queremos muito aprender mais sobre este Deus a quem amamos, mas pouco sabemos.

 

_Vejam minhas irmãs, estava eu em Trôade, quando em uma visão, apareceu-me um homem que me disse: Passa à Macedônia e ajuda-nos. Conclui que o Senhor me chamava a esta cidade e vim para cá. Chegando foi recebido muito bem pelo nosso amigo Clemente, um homem de boa índole e que nos demonstrou amor pelo Deus de Israel. Contudo ainda se pôe contra a chegada de um Messias que traz o amor em vez da espada.

_Sim eu vim falar deste Deus de amor, que criou o homem à sua imagem e semelhança, deu-lhe o folego da vida e por ver sua maior criação cair nas garras do inimigo, não tardou em enviar seu filho, Jesus Cristo, ao nosso meio para nos salvar. Paulo agora pareia envolvido por uma luz especial, de sua figura emanava um brilho tal era sua emoção ao falar deste Senhor Jesus.

_Jesus Cristo o filho de Deus, abdicou de sua condição de Deus e fez-se homem, deixou sua condição de Rei para se fazer de servo. E no meio dos homens a quem veio salvar, foi desprezado, humilhado, açoitado e crucificado. Morreu mas no terceiro dia, derrotou a morte e ressuscitou.

Continuou Paulo a sua narrativa :_ Enquanto esteve entre os homens, Jesus fez curas milagrosas, transformou água em vinho, de cinco pães e três peixinhos, alimentou uma multidão. Com uma palavra, que a princípio parecia que estava humilhando uma mulher, Ele estava declarando que a todos que cressem, a sua mensagem faria grandes milagres.

 

E hoje Ele quer nos alimentar não mais com o pão material, mas com o pão do espírito, pois na noite antes de sua morte reunidos com seus discípulos, ele realizou a sua ultima ceia com eles. E nesta Ele lhes disse:_ Comei este pão pois ele é o meu corpo que é entregue por vós. Também tomou do cálice e disse: Tomai deste vinho pois ele é o meu sangue que é o cálice do Novo Testamento e é derramado por vós. Fazei isto em memória de mim.

 

Lídia e as outras mulheres, ouviam as palavras de Paulo, embevecidas com sua oratória e explicações. Tomavam conhecimento com um Criador que não desiste de sua obra, um Pai tão amoroso, que seu filho não titubeou nem ques-tionou a sua decisão de lhe enviar aos homens para re-conduzi-los ás suas divinas mãos.

Lídia sentia uma nova vida entrar em seu íntimo, uma fé neste Cristo que Paulo apresentava, nascia e se fortalecia em seu ser, que nada mais a demoveria desta crença. Comeria deste pão e beberia deste vinho, tomaria posse do novo nascimento e seria mais um arauto para fazer este Cristo conhecido de toda a população.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Lídia se torna cristã e se põe a serviço de Paulo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O efeito da conversão no coração de Lídia, foi tão forte, que quando Paulo e Lucas iam saindo após as orações, ela ante-cipou-se a todos e rogou aos dois:

_Irmãos, Sua palavra chegou forte ao meu coração, tudo o que eu esperava de uma vida abençoada com este Deus maravilhoso que me presenteaste, agora tenho em minha vida. Por isto, se haveis julgado que eu seja fiel ao Senhor, entrai em minha casa e ficai ali.

 

Tal foi a sua convicção que ficamos constrangidos a negar tal pedido e nos dirigimos à sua residência. Paulo passou alguns dias em Filipos, juntamente com os novos convertidos, fortalecendo-os para os embates que viriam pela frente. A palavra que crescia, entre os membros da igreja, tornava-se cada vez mais poderosa. O número de conversões aumentava a cada dia, e a fé destes era inabalável e admirável.

 

Enquanto estávamos na cidade, Paulo, eu e Silas fomos seguidos por uma mulher que tinha um espírito de adivinhação, e que dizia: _Este homens que nos anunciam o caminho da salvação, sãos servos do Deus Altíssimo. Um dia, porém Paulo, já esgotado da sua insistência, voltou-se a ela e disse ao espírito: “_Em nome de Jesus Cristo, te ordeno que saias dela”.

 

O trabalho da igreja mostrava seus frutos, nas figuras de Evódia que agora mais se identificava no serviço e logo se tornava a figura principal no meio dos cristãos. Também Clemente que agora, percebia a grandeza da mensagem que havia chegado à sua casa naquele dia em que Paulo foi se hospedar ali, desdobrava-se agora na assistência aos irmãos que ingressavam à comunidade. Porém a maior conversão havia na igreja foi de um homem de muitas posses, que embora simpatizante da religião dos judeus, não se juntava a eles habitualmente. Até que um dia, ele encontrou-se com Paulo em um mercado e ouviu suas razões, do motivo de sua conversão, da sua fé nesse homem que se sacrificou por todos os homens.

 

Após este encontro, Epafrodito, este era seu nome, começou a frequentar as reuniões da igreja, e cada dia mais se dispen-dia em serviços em favor da comunidade. Sua dedicação aos pobres, aos novos convertidos.

Os trabalhos da igreja corriam tranquilamente, as reuniões cada vez eram concorridas e os milagres aconteciam, o que começou a incomodar os magistrados das sinagogas locais.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A perseguição dos magistrados aos cristãos

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Vendo o crescimento da igreja, os magistrados reuniram-se no Conselho local, e concordaram em abafar este movimento por qualquer meio que fosse. Ansiosos por abafar este movimen-to os magistrados saíram e dirigiram-se para a igreja local.

Lá chegando encontraram Lídia envolvida com os trabalhos de organização dos sermões.

_Bom dia, senhorita Lídia. Procuramos o senhor Paulo, pois precisamos ter uma conversa com ele. Disseram os magistra-dos.

_ O irmão Paulo foi à casa de um senhor que está adoentado. E pediu orações para o irmão. E ele não nega auxílio a quem pede.

_Pois quando ele voltar, diga-lhe que nós pedimos que pare com a sua pregação desta mentira alegada por ele de que um filho de Deus se manifestou entre os homens e ainda mais, se deu em sacrifício por eles. Este tipo de conversa pode levar um homem à loucura e perder sua alma.

 

_Bem visto que os senhores não conhecem e nem querem conhecer a história de Jesus Cristo, mesmo porque a sua pa-lavra condena as atitude que os senhores tomam todo dia.

 

_Bem diga-lhe que está avisado e se não nos atender sere-mos obrigados a levá-lo ao tribunal e até prendê-lo. Já temos uma queixa contra ele e seu amigo Silas, partida de um cida-dão que teve seus lucros prejudicados porque eles ameaça-ram a sua parceira no serviço de profecias a favor do povo.

 

 

 

Paulo e Silas são levados à prisão.

 

 

 

Dias depois, Paulo e Silas estão na praça, falando aos cida-dãos, quando chegam os magistrados.

_Vocês dois estão presos ! Recebemos denúncias contra vocês. Um cidadão filipense alega que devido ás ideias que andaram colocando na cabeça de seu filho, ele deixou sua casa para sair pelo mundo a fim de falar de seu suposto salvador. Além da denuncia dos negociantes que preejudica-ram com as ameaças contra sua parceira no atendimento ao povo. E ela somente havia dito a verdade, a seu respeito se-gundo vocês mesmo que alegam sua autoridade vindo de seu “Deus”

 

E levou os dois amigos à prisão. E recomendou ao carcereiro que tivesse o maior cuidado com a guarda dos dois, pois pode-ria ser responsável pela sua permanência na prisão. Mas durante a noite um terremoto, abriu as portas e quebrou as cadeias e soltou os prisioneiros que todavia não fugiram. Ao contrário apresentaram-se ao carcereiro.

 

 

Paulo, Silas e Lucas deixam Filipo.

 

Devido a Paulo ter-se declarado cidadão romano, e sua prisão ter sido arbitrária, os magistrados embora ainda insistissem para que deixasse a cidade, não mais amea-çaram-nos com a prisão. Paulo vendo que seu trabalho na Macedônia já havia sido realizado e que o Senhor lhe dizia que seguisse o seu caminho deixou a cidade e dirigiu-se para Roma.

Um dia, chega uma notícia preocupante, um cristão viajante, vindo de Roma, revela-lhes que Paulo estava passando priva-ções naquela cidade. De imediato, Lídia e Evódia, reuniram os irmãos e deliberam juntar recursos para enviar ao apóstolo.

Como a maioria dos irmãos eram de poucos recursos, Lídia e Epafrodito, seriam os maiores fornecedores deste recursos. Mas havia outro porém, quem seria o portador da mensagem.

Epafrodito, se colocou como voluntário, devido a seus conhe-cimentos de viajante por aquelas estradas quando estava juntando seu patrimônio. Depois de todos os acertos, o jovem partiu para Roma.

 

Enquanto isso em Filipo, Lídia, Evódia, Sintíque , Clemente e os trabalhadores do evangelho vivo deixado por Paulo, crescia, convertia e se fortalecia, na cidade. E depois de alguns meses Paulo lhes escreveu, enaltecendo a sua fé.

 

Fontes de Pesquisa:

 

  1. Wikipédia – Lídia

  2. Atos Cap. L6 vs.14

  3. Wikipédia – Epafodito

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Roberto C Garcia

 

 

Ermes – O Carcereiro de Filipo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Sumário

 

 

Apresentação.........................................................................99

Introdução.............................................................................100

Sub títulos

Uma família de servidores públicos.....................................101

Uma crença em vários deuses.............................................104

Os rumores de um revolucionário.........................................106

Dois presos especiais...........................................................108

Sua conversão......................................................................110

 

 

 

 

 

 

 

Apresentação

 

 

Assim como os anteriores, este é um livro que trata de narrativas baseadas na vida de pessoas vívidas, contadas no Livro das Escrituras Sagradas, e que devido ao trabalho árduo do apóstolo dos gentios, conheceram o Deus vivo e entregaram seus corações ás suas mensagens de Amor, Caridade e Bem ao próximo. Esperamos que estes exemplos narrados à base de inspiração, mostrem-nos que também pre-cisamos encontrar este Senhor, e transformar nossas vidas em frutos da Árvore Verdadeira.

 

 

 

 

 

 

 

Introdução

 

Naqueles seculos, as prisões eram lugares terríveis de se frequentar, e mais ainda de ser condenado a viver confinado entre as paredes daquelas masmorras. Não muitas vezes o tratamento de um carcereiro irritado e cruel, dementado pelas fortes emanações provindas daquele lugar, atormentava ainda mais o sofrimento do prisioneiro. A vida de um carcereiro destas prisões, somente se diferenciava da vida dos presidiários é que os primeiros podiam sair do local após seu horário de trabalho e respirar ar puro, lá fora. Porém uma vez em serviço, a mesma sombria vida de ambos se equiparava, mesmo estando um prisioneiro na cela, condenado e o outro prisioneiro do trabalho, na guarda daquele.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Uma família de servidores públicos

 

 

Ermes, seguia a mesma profissão que seus antepassados tiveram. Trabalhavam no serviço público, tanto como guardas dos Magistrados ou como carcereiros das prisões de Filipo. Ermes era o carcereiro da cidade. Embora ás vezes se sentisse revoltado com alguns tipos de desmando que via nas prisões, ele gostava de sua profissão e a fazia com profissionalismo e dedicação.

 

Seus ancestrais sempre trabalharam no serviço carcerário ou no policiamento da cidade. Seu pai havia sido carcereiro. Apesar do serviço arriscado, ele nunca teve problema, nem com os presos, nem com os magistrados. Ermes como todo garoto via seu pai como um herói, e por isso almejara seguir sua profissão. O que ele não sabia é que isto era um plano de Deus para sua vida.

 

De seu pai, aprendera que para ser feliz na profissão, tinha que aprender a separar seus sentimentos em relação à sua vida e os acontecimentos que veria desenrolar-se lá dentro do cárcere. As pessoas do mundo de fora das masmorras nunca puderam imaginar como é o mundo real e atormentado dentro das paredes do carcere. As prisões da cidade de Filipo eram escavadas dentro das montanhas e de forma a se aprofundar nas entranhas da terra. Os corredores escuros e sombrios a cada vez que se aprofundava mais e mais fundo dentro da prisão, pareciam que levavam as pessoas para outra dimensão. Os odores fétidos que emanavam de suas paredes e chão, ardiam as narinas de quem não estivesse já habituado a sentir seus odores horrendos.

O ar dentro do carcere ficava cada vez mais pesado e opressivo. E na realidade, após um dia de trabalho, naqueles em que os magistrados iam ao carcere, para se satisfazerem no suplício de algum preso, Ermes saía do seu turno, sentindo uma opressão, uma estranha sensação de que um mal lhe acompanhava.

 

E ao chegar em casa, fazia oferendas ao deus que segundo suas crenças, era o protetor de todos os lares, e assim procurava manter longe de sua família as pesadas vibrações do ambiente de trabalho.

Todo semana o horário de trabalho dos carcereiros modificava e eles faziam turnos diurnos e noturnos. Ermes naquela semana, havia terminado seu turno da noite e ao chegar em casa sua esposa falou-lhe:

_Ermes, aparecerem na cidade dois homens judeus, e fizeram amizade com a negociante de tecidos Lídia. Eles estão falando ao povo sobre uma crença em um Deus soberano, que criou todo Universo. Estão fazendo uma revolução na cidade.

 

_Precisamos tomar cuidado com estes baderneiros. Se os magistrados sequer pensem que estamos dando ouvidos com estes, podem arrumar problemas para nós. Deixem que eles cuidem dos judeus. Quanto a nós continuemos a fazer nossas obrigações aos nossos deuses, pois eles cuidam de nossa família. Nos dão o trabalho e o sustento. Respondeu Ermes.

 

Sua crença nos deuses de seus antepassados era muito grande, e achava que nada podia realizar se não estivesse na concordância dos deuses. Por isso, fazia seus cultos aos deuses segundo a festa para cada um em seu dia específico. Esperava que eles os protegessem de todo ensino contrário à sua religião.

 

 

 

 

Uma crença em vários deuses.

 

A cidade de Filipo, era dominada pela crença em vários deuses. O supremo entre os deuses originais de Roma era Júpiter, chamado de Optimus Maximus, o melhor e o maior. Pensava-se que ele se manifestava no vento, na chuva, nos raios e nos trovões. A irmã e consorte de Júpiter, Juno, relacionada com a Lua, supostamente vigiava todos os aspectos da vida das mulheres. A filha de Júpiter, Minerva, era a deusa do artesanato, das profissões, das artes e da guerra.

 

O panteão romano parecia inesgotável. Lares e Penates eram divindades da família. Vesta era a deusa da lareira. Jano, de duas faces, era um deus de todos os começos. Cada profissão tinha seu padroeiro. Os romanos até mesmo deificavam abstrações. A divindade Pax protegia a paz; Salo, a saúde; Pudicitia, a modéstia e a castidade; Fides, a fidelidade; Virto a coragem e Voluptas o prazer.

 

Imaginava-se que todo ato da vida romana, pública e particular, era regido pela vontade dos deuses. Para garantir o êxito de um empreendimento, por exemplo, o deus correspondente tinha de ser apaziguado por meio de orações ritualistas, sacrifícios e festividades.

 

Ermes, à aparência de Jó (personagem bíblico) fazia rituais aos deuses da família, sempre que a achava estar em ame-aça de algum perigo oculto, Gastava horas de seu descanso, pedindo proteção dos deuses Lares e Penates. E antes de sair para o trabalho, oferecia alguma dádiva ao deus de sua profissão.

 

 

 

Os rumores de um revolucionário

 

 

Havia dias que ele ouvia rumores sobre dois homens judeus que faziam pregações estranhas na cidade. Conseguiam arregimentar muitas pessoas para suas palestras. Segundo lhe contaram as pessoas convertidas por eles, transformavam-se e adquiriam tal fé que alguns diziam que superava a fé nos deuses de antes.

Ermes ouvira que seu amigo Clemente é quem dera primeira guarida para estes senhores, mas não se decidira de imediato em aceitar sua crença. Sabia que Clemente era um homem muito criterioso e não era de seguir qualquer ideia que se apresentassem de imediato.

Concluiu que iria falar com amigo a inteirar-se das reais intenções destes homens, tidos por alguns Filipenses como baderneiros. Voltando sua atenção para seu trabalho, iniciou a verificação dos presos. Era sua obrigação verificar se os presos ainda estavam vivos, se estavam revoltados e dispostos a começar uma revolta, que embora se resumisse a gritos e batidas nas grades, pois não havia como fugir das cadeias.

 

Após a inspeção, voltou até a ante sala que lhe servia de escritório. Na verdade esta sala pouco se diferenciava do restante das celas, um quadrado com chão batido, as paredes da própria masmorra, frias e úmidas, uma lamparina com óleo para iluminar parcialmente o local, uma mesa tosca onde depositava a papelada sobre os presos, tais como número da cela, corredor etc. E um banco de madeira feito por ele mesmo para não permanecer em pé todo o expediente.

 

Era o final da tarde e começava seu turno da noite. Concentrava-se na papelada quando um dos guarda da porta veio até ele, dizendo: _ Ermes, sabes que a pouco os dois judeus que estão na cidade, arruinaram o negócio de dois negociantes da cidade. Tudo porque a mulher que os servia, foi atrás dos dois judeus e dizia: -Este homens que vos anunciam o caminho da salvação, são servos do Deus Altíssimo! Isto vinha se prolongando por dias e hoje um deles voltou-se para ela e disse: Em nome de Jesus Cristo, ordeno que saias dela. Desta hora a mulher não mais consegue profetizar. Os negociantes estão possessos de raiva por eles.

Os magistrados estão em reunião para decidir o que fazer com os dois.

 

 

 

Dois presos especiais.

 

Nem bem saíra o guarda, quando um tumulto na entrada cha-mou a atenção de Ermes, e já ia sair e ver do que se tratava, quando os magistrados entraram arrastando dois homens.

A aparência dos dois demonstrava que tinham as vestes ras-gadas e haviam levado vários açoites com varas.

 

Um dos magistrados ordenou a Ermes:

_ Estes homens perturbam a nossa cidade e nos expõem a costumes que não nos é lícito receber nem praticar visto que somos romanos. Portanto guarde-os com segurança e não os deixeis escapar.

 

Ermes que sabia da crueldade dos magistrados. Levou Paulo e Silas, para o fundo do carcere, colocou-os na cela e prendeu 0s dois no tronco com cadeias. Ermes notou que embora sen-do levados pelos guardas, nenhum dos dois protestava. Os magistrados deixaram os dois entregues à prisão e foram comemorar sua vitória.

Durante a noite, Ermes ouviu os dois presos entoarem hinos ao seu Deus, e os outros presos não se manifestavam como anteriormente. Permaneciam calados. De repente não se sabe como um terremoto abalou o lugar. O chão tremia, as paredes pareciam que iam desabar em cima dos ocupantes da mas-morra. Com o tremor as portas gradeadas das celas abriram.

A sala de Ermes foi sacudida e ele temeu que morreria na-quela hora. Saiu correndo e na fuga percebeu as celas a-bertas. Seu desespero aumentou pois julgou que os presos haviam fugido. Sabendo que os magistrados o culpariam, e o espancariam, além de que julgava que seus deuses haviam lhe abandonado. Tomou da própria espada e preparava-se para tirar sua vida, quando ouviu a voz de Paulo.

_ Não te faças mal nenhum pois estamos todos aqui.

 

Ermes, pegou de uma tocha e todo trêmulo, verificou que realmente todos os presos lá se encontravam. Prostrou-se diante e Paulo e tratou de coloca-los para fora e disse:

_Senhores, que é necessário que eu faça para me salvar?

 

 

Sua conversão

 

E eles lhe disseram: _ Crê no Senhor Jesus e serás salvo. Tu e a tua casa.

E pregaram a todos que ali estavam.

Então Ermes, tomando-os naquela hora da noite, lavou-lhes os ferimentos e logo foi batizado , ele e toda a sua casa. Depois levou-lhes a sua casa e lhes pôs a mesa e a sua nova crença em Deus alegrou a ele e toda sua casa.

 

Já pela manhã, Paulo e Silas retornaram à prisão e os magistrados mandaram alguns quadrilheiros (soldados ) soltar os dois missionários. Porém Paulo, disse ;
_Açoitaram -nos publicamente e sem sermos condenados, pois somos cidadãos romanos, nos lançaram à prisão e agora querem nos libertar ás escondidas.

_Não será assim. Que venham eles mesmos e nos tirem para fora.

Então eles vindo lhes puseram para fora e dirigiram-lhes súplicas dizendo que fossem embora da cidade.

Paulo e Silas saindo foram à casa e Lídia e confortaram os irmãos e dali foram embora de Filipo.

E os magistrados temendo prender outros romanos sem saber , deixaram os cristãos sossegados por um bom tempo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte de Pesquisa

 

  1. Atos cap. 16 vs 16 a 21

  2. Atos cap. 16 vs 22 a 24

  3. Atos cap. 16 vs 26 a 40